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O ônibus

São milhões de coisas cômicas que passamos dentro dele. Daquele perfume vuduoso* que aquela mulher insiste de derramar uns 100 mls toda vez que sai de casa, ou daquele bêbado cantando música romântica. Aquele suvaco cheiroso que está à 1 centímetro do seu nariz, e daquele aperto no horário de pique. Aquele simpático motorista e o mal-humorado cobrador. Aquela amiga de infância que reencontramos depois de 10 anos ou aquela amiga de infância da sua mãe e que lhe diz: "Como você tá grande", só que você nunca viu a sujeita na vida. Aqueles moleques vendendo jujuba, aqueles mudos vendendo adesivos ou aqueles drag queen todo colorido oferecendo alguma (que, com certeza, não é do meu interesse). Aquela poça que o motorista passa correndo e aquele calor de meio-dia. Engraçado que o cobrador não perdoa quando não temos 10 centavos, mas a gente tem que perdoar quando ele não tem os 10 centavos para a gente.
Etc, etc, etc. Mas sem o ônibus (e todas essas coisas que vem no pacote) eu viveria dependente dos meus pais ou dos meus pés.

*vuduoso=um cheiro bem impreguinante, com uma fragância que dói no nariz, a pessoa que tá com um perfume vuduoso é do tipo que quando passa por um lugar aquele cheiro fica por pelo menos uns 5 minutos depois.

2 COMENTÁRIOS:

Anna Beatriz disse...

O pior são os cheiros que você sente, caramba e quando a pessoa mais fedorenta que você já viu resolve sentar logo do seu lado? aff, ninguéém merece!
Os meninos vendendo jujuba são engraçados, mas tenho pena deles :S
beijo

Mayara Cunha disse...

eu sei fazer um discurso de meninos vendedores de jujuba :D